Farmácias e drogarias são alvos do “Golpe da Lista Telefônica”
Mais uma estratégia de golpe circula pelo comércio mineiro e desta vez o alvo são as farmácias e drogarias. A denúncia é feita por uma farmacêutica, responsável por uma drogaria na região centro-sul de Belo Horizonte, que entrou em contato com o SINFARMIG com o objetivo de alertar os colegas.
Segundo a profissional (manteremos seu nome em sigilo para preservar sua identidade), um suposto funcionário de uma empresa de distribuição de listas telefônicas ligou para o estabelecimento solicitando os dados para atualizar o cadastro de entrega, dizendo que não era necessário nenhum pagamento, uma vez que o valor já teria sido pago em contas de telefone anteriores.
Na conversa, o funcionário solicita apenas o envio dos dados por fax. Logo após o preenchimento e assinatura, uma nova ligação é feita confirmando o recebimento do documento.
O fax na verdade é um contrato de prestação de serviços, cobrando 12 parcelas de R$ 300,00 e caso a pessoa não pague o nome vai para o protesto. Além das 12 prestações, uma cláusula estipula uma multa de no mínimo 40% em caso de cancelamento.
Atenta ao texto do contrato, a farmacêutica desconfiou dos valores cobrados e ligou para a empresa pedindo explicações. A atendente desconversou, dizendo que se tratava de uma “duplicidade” de contratos e que reenviaria um novo fax, mas que precisaria novamente da assinatura do responsável pelo estabelecimento.
A farmacêutica não aceitou e registrou um Boletim de Ocorrências (BO) na Polícia Civil e foi orientada, caso receba alguma cobrança, para recorrer ao Juizado Especial do Consumo.
Golpe em outros Estados
A ação da quadrilha, ao que tudo indica não se restringe a Minas Gerais. A farmacêutica desconfiada, procurou na Internet informações sobre a empresa e para seu espanto encontrou diversos sites alertando para o “Golpe da Lista Telefônica”, denunciada por jornais de cidades como Porto Velho (RO) e Cuiabá ( MT).
Segundo matéria do site 24 Horas News, de Cuiabá, a empresa vítima do golpe recebeu boletos bancários e logo após o vencimento uma avalanche de ligações de cobrança.
O departamento administrativo do SINFARMIG também recebeu uma ligação semelhante a essa e dispensou os “serviços” oferecidos.
Fica o alerta para os farmacêuticos e empregados de farmácias e drogarias. Desconfie de ligações como essa e caso já tenha caído no golpe registre um BO e entre em contato com o Juizado de Relações de Consumo de sua região.
Serviço
Juizado Especial Cível das Relações de Consumo
Rua Curitiba, 632 – Centro – Belo Horizonte/MG
(31) 3271-3108