20/02: Audiência solicitada a Ministro da Educação pretende tratar de graduação em Farmácia na modalidade EaD

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Há um consenso entre as entidades representativas da área de Farmácia de que a graduação na modalidade Educação a Distância - EaD pode impactar negativamente o curso promovendo uma formação inadequada sem a  integração necessária entre acadêmico, ensino e comunidade. Preocupadas com o avanço deste debate as entidades solicitaram uma audiência com o Ministro da Educação, Mendonça Filho, por intermédio da Deputada Federal Alice Portugal, que é líder do PCdoB na Câmara.

Na audiência ainda com data a confirmar, a deputada estará acompanhada do presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter da Silva Jorge João, e pelo Presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos e do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Ferreira dos Santos. 

Única farmacêutica na Câmara e presidenta da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, Alice Portugal, é a voz da categoria no Congresso. Ela foi importante influência para a aprovação do Projeto de Lei 4385/1994, que deu origem à Lei Nº 13.021/2014 que classifica a farmácia como unidade de assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva. 

A Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar lançou a campanha “A vida não é virtual” na semana passada para denunciar a resolução nº 01 de 11 de março de 2016, do Ministério da Educação, que autoriza o funcionamento de cursos de graduação na Modalidade EaD, e que incluem os cursos de graduação em saúde.

Em documento, a Fenafar destacou que “as graduações em saúde devem ser pautadas em princípios humanos, éticos e científicos. A interação social e as experiências interprofissionais precisam ser desenvolvidas a partir dos anos iniciais e percorrer todo o processo de aprendizagem, preparando os graduandos em atividades curriculares e complementares, sob responsabilidade da IES, dentro e fora da universidade. 

A campanha ressaltou, ainda, que é importante alcançar amadurecimento para os estágios finais, devidamente supervisionados que já são preconizados pela Resolução 350/2005 do Conselho Nacional de Saúde. A Federação acredita que o contato humano direto e a supervisão próxima e direta são imprescindíveis para este processo de aprendizagem. 

A Fenafar não se contrapõe ao desenvolvimento de tecnologias de educação à distância e reconhece que elas têm proporcionado importantes avanços didáticos e inclusão de jovens e adultos na educação superior, principalmente em áreas remotas. Entretanto, alerta o documento, “a formação na área da saúde exige o contato humano e a interação social como base, além de um conjunto de conteúdos técnicos e tecnológicos que dependem de ampla carga horária prática, no campo das ciências biológicas e químicas”.

A entidade fez um chamamento as outras organizações com o objetivo de realizar uma grande campanha de esclarecimento à sociedade e aos cidadãos que buscam um curso superior de qualidade.  

Fontes: Ascom Sinfarmig/Fenafar/Ascom Alice Portugal

Publicado em 20/02/2017